2022: Coletânea Apparere, editora Perse
200 anos de Independência...?!
Um País em cárcere...
(Por M.S. Oliveira)
200 anos?
Ora, pois!
Já dizia “Camões”.
Mas de que, ao certo?
Nunca fomos livres.
Vez ou outra aparece
alguém a arregalar os olhos para o “nosso”, nosso País, para o “nosso” ...
Bem se vê, ainda, o
fidalgo, com suas calças curtas, de “menino travesso”, disfarçado de “bom
moço”, eloquente em artimanhas e surrupios. Sempre estivemos à mercê do
desmanche arbitrário do que pode ou não ser feito. Ainda vivemos sob o jugo
desigual e de uma esperança ainda distante.
Nossos interesses e liberdades
negligenciados, muitas vezes, por um “disse me disse” sem nexo. Outrora, os
arroubos portugueses, agora, os interesses familiares do “Poder” e seus
conchavos. Acabou a mamata? A alta dos preços, do dólar, o desemprego, o
desalento, a subserviência... Onde será a próxima ocorrência? Agora faz,
arminha com a mão!
Já começamos do erro.
Da exploração, da morte,
do estupro.
Fomos violentados,
exilados, massacrados, roubados, aniquilados...
Roubaram-nos um País,
nossa origem, nossos Originários!
A independência está além
de um acordo político; mas do livre viver, pensar, agir, segundo leis e normas,
claro, mas tendo a dignidade protegida, por ser quem é e como gostaria de viver
sua individualidade/coletividade.
Nunca seremos livres
enquanto tiranos fazem suas necessidades fisiológicas e utilizam as páginas da
Constituição, por exemplo, como papel absorvente de suas “cagadas”. Pátria é
luta, amparo, acordo de paz, é cuidado, prosperidade, é compaixão, respeito...há
tais preceitos por aqui? Eu não vejo.
Do contrário, há o
descaso, a preponderância, a ganância insuflada pelo “marginal” de fato; sim,
porque o Brasil desde sempre, vem sendo reduto de presidenciáveis “exemplares”
ao longo da História.
Pois, aquietai-vos
aqueles que buscam a quebra das “patentes”, digo, correntes, enfim. Retomemos a
luta, para garantir nossa dignidade e real autonomia.
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