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 200 anos de Independência...?!




Um País em cárcere... 

(Por M.S. Oliveira)

 

200 anos?

Ora, pois!

Já dizia “Camões”.

Mas de que, ao certo?

Nunca fomos livres.

Vez ou outra aparece alguém a arregalar os olhos para o “nosso”, nosso País, para o “nosso” ...

Bem se vê, ainda, o fidalgo, com suas calças curtas, de “menino travesso”, disfarçado de “bom moço”, eloquente em artimanhas e surrupios. Sempre estivemos à mercê do desmanche arbitrário do que pode ou não ser feito. Ainda vivemos sob o jugo desigual e de uma esperança ainda distante.

Nossos interesses e liberdades negligenciados, muitas vezes, por um “disse me disse” sem nexo. Outrora, os arroubos portugueses, agora, os interesses familiares do “Poder” e seus conchavos. Acabou a mamata? A alta dos preços, do dólar, o desemprego, o desalento, a subserviência... Onde será a próxima ocorrência? Agora faz, arminha com a mão!

Já começamos do erro.

Da exploração, da morte, do estupro.

Fomos violentados, exilados, massacrados, roubados, aniquilados...

Roubaram-nos um País, nossa origem, nossos Originários!

A independência está além de um acordo político; mas do livre viver, pensar, agir, segundo leis e normas, claro, mas tendo a dignidade protegida, por ser quem é e como gostaria de viver sua individualidade/coletividade.

Nunca seremos livres enquanto tiranos fazem suas necessidades fisiológicas e utilizam as páginas da Constituição, por exemplo, como papel absorvente de suas “cagadas”. Pátria é luta, amparo, acordo de paz, é cuidado, prosperidade, é compaixão, respeito...há tais preceitos por aqui? Eu não vejo.

Do contrário, há o descaso, a preponderância, a ganância insuflada pelo “marginal” de fato; sim, porque o Brasil desde sempre, vem sendo reduto de presidenciáveis “exemplares” ao longo da História.

Pois, aquietai-vos aqueles que buscam a quebra das “patentes”, digo, correntes, enfim. Retomemos a luta, para garantir nossa dignidade e real autonomia.

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